Adorno à escuta de Stravinsky

The secondary literature thaT dealswith Adorno's writings on Stravinsky tend toconsider exclusively the Phlloóopft.y o# À'ewMuóíc. This overlooks the faca that the authorwrote several texto over a period of morethan forte years and this in different contextoof criticism and intervention in the musicalscene. The present research project considerathe context of the controversa related to thealternative between Stravinsky and SchonbergIn which the hrst reviews appeared. In these.Adorno's criticlsm of the authoritarian characterof neoclassicism was already present. whichwould be fully developed in {he i949 bookIn the t96o essay. a chance of emphasis inAdorno's judgement is perceptible, pointing toa redemption of Stravinsky, due to the entirelynegative character of his music. Adorno'sreflection on Stravinsky thus reconstitutedallows one to think about the composerbeyond the widespread notlons about hiswork. The outcome is the posslbility of hndinga musical physiognomy which can be seen as acatalyst for the philosophical questiona of thetwentieth century. its main feature being theperception of schizophrenia as a principie forthe interpretation of the aesthetic and politicalmovements of the periodA literatura secundária sobre os escritos de Adorno sobre Stravinski costuma considerar somente a Filosofia da Nova Música, embora o autor tenha escrito vários textos ao longo de mais de quarenta anos e em diferentes contextos de crítica e intervenção na praxis musical. Assim, o presente projeto de pesquisa considera o contexto da polêmica em torno da alternativa entre Stravinski e Schönberg em que aparecem as primeiras resenhas, que no entantojá contêm a crítica de Adorno ao caráter autoritário do neoclassicismo, desenvolvida no livro de 1949. No ensaio de 1960 se detecta uma mudança de ênfase no julgamento de Adorno, que aponta então para uma espécie de redenção de Stravinski pelo caráter inteiramente negativo de sua música. A reflexão de Adorno sobre Stravinski, assim reconstituída, permite pensar o compositor para além das divisões didáticas de sua obra em busca de uma fisionomia musical a ser lida como signo catalisador dos problemas filosóficosdo século XX, especialmente no que tange à percepção da esquizofrenia como princípio para a interpretação dos movimentos estéticos e políticos do período