Em sua correspondência com Arnaud, Leibniz mostra como o recurso à vontade divina é fundamental para garantir o espaço da contingência no interior de uma metafísica que não permite a indeterminação. No entanto, ainda resta perguntar se a bondade divina, uma das perfeições incluídas na noção de Deus, não torna necessário aquilo que Leibniz chamara de contingente. Por isso faremos um exame da concepção leibniziana de vontade divina, sobretudo a distinção entre vontade antecedente e vontade consequente, visando determinar até que ponto a bondade divina (entendida como vontade perfeitíssima) implica ou não um necessitarismo universal.In his correspondence with Arnauld, Leibniz shows us how the appeal to the divine will is fundamental to guarant...