Manuel de Falla é conhecido como compositor de obras de carácter espanhol. No entanto, apesar de possuir características bem andalusas, a sua última obra de virtuosidade pianística - a Fantasía Bætica (1919) - é considerada como a obra mais abstracta que alguma vez ele compusera para piano a solo. A obra revela toda a sua polémica nas várias gravações disponíveis, tanto históricas, como actuais. Cheia de figuras guitarrísticas - pouco pianísticas - o desafio técnico é grande. É, de facto, uma obra simplesmente incómoda de tocar. No entanto, o maior problema situa-se a nível da interpretação. Poucos pianistas conseguem entender a sonoridade e expressão necessárias para ultrapassar os problemas técnicos. Na opinião da autora, a obra reúne car...