A televisão que narra a si mesma, na acentuação das práticas da neotevê, assinaladas por Eco, coloca em relevo seus processos mediadores, como se a realidade a ser apreendida pelos espectadores fosse justamente aquela referente à interioridade do meio de comunicação. Este artigo pretende, a partir de noções de transparência e opacidade midiáticas, refletir sobre os sentidos dessas operações de metalinguagem, presentes em diversos âmbitos da programação. Analisam-se, principalmente, as estratégias de enunciação dos programas Profissão repórter e Cena aberta que, com atitude especular, revelam, em contexto de midiatização, o fascínio pela mediação televisiva.The television that narrates itself, as an intensification of neotv skills, pointed o...