A carta, enquanto gênero discursivo oferecido aos pesquisadores como fonte documental de outros tempos e espaços, cumpre papel de relevo nas ciências humanas. As diversas áreas do conhecimento preocupadas com o passado, distante ou próximo, terão nas missivas ricos vestígios, a partir dos quais se pode investigar um tempo que não é o nosso. O estudo da carta vem ganhando relevo nos estudos universitários nas últimas décadas. Como gênero pouco louvável, como escrita não ficcional – secundária na mentalidade editorial –, ou como portador da máxima maleabilidade que lhe é atribuível –, pode caminhar do estilo mais complexo e rebuscado ao mais simples e desleixado, sem nenhum entrave –, esse, que é dentre os dispositivos discursivos o mais comu...