O ensaio compara dois momentos do anarquismo no Brasil, intervalados por três décadas. Embora o pensamento libertário se tenha preservado em essência, ocorreram alterações quanto à quantidade e origem social dos adeptos, à situação do movimento na sociedade industrial moderna, às relações institucionais e técnicas de ação social. Em termos gerais, o terreno de semeadura do anarquismo passou da classe operária e do sindicato às classes médias e à universidade. Só agora se inicia a formação de algumas minúsculas lgas operárias nos moldes do anarco-sindicalismo. Disto resultam problemas que ferem princípios e práticas elaborados pelo anarquismo originário. Doutra parte, foi rompida a mútua marginalização que no passado se faziam o Estado e o o...