da Circunstância ao Construído - a ideia ilegal

O presente trabalho procura reflectir sobro ofício da Arquitectura como meio articulado de proximidade às pessoas; do movimento entre uma condição formadora (e de crescimento) entre práticas oficinais e a necessidade da abertura à academia, entre as várias artes de construir e a complexidade de organizar espaço. Por entre um ensino contemporâneo que nos prepara para uma visão idealizada de excepcionalidade e independência - fruto talvez da mediatização da arquitectura de autor - e uma leitura projectiva de alguém que opera/participa dentro dos sistemas de produção quotidianos de organizar espaço. Um questionar através de um certo registo auto biográfico - divergente da dissertação no real sentido da palavra - que se foi construindo entre um interesse, a necessidade e os "ofícios" que se interseccionam na organização, formalização e materialização do espaço. "(...) O que distingue o arquitecto ilegal do seu contrário legal será, precisamente, o carácter trágico, e concomitantemente heróico, da sua independência. O arquitecto ilegal reclama uma condição de marginalidade face a uma cultura celebrada no domínio do excepcional e assente numa imagem idealizada da profissão, colocando-se num papel situado entre o autor e o utente. (...)" ⁰¹The present work seeks to reflect on the craft of Architecture as an articulated means of proximity to people; the movement between a formative (and growing) condition between workshop practices and the need for openness to academy, between the various arts of building and the complexity of organizing space. Between a contemporary teaching that prepares us for an idealized vision of exceptionality and independence - perhaps due to the mediatization of author architecture - and a projective reading of someone who operates/participates within the daily production systems of organizing space. A questioning, through a certain self biographical register - divergent from the dissertation in the real sense of the word - that was built between an interest, the need and the "crafts" that intersect in the organization, formalization and materialization of space. "(...) What distinguishes the illegal architect from his legal opposition is precisely the tragic, and concomitantly heroic, character of his independence. The illegal architect claims a condition of marginality in the face of a culture celebrated in the domain of the exceptional and based on an idealized image of the profession, placing itself in a role between the author and the user. (...)"