Here you either take it out, or take it out: the space for imprisoned women in Cajazeiras-Paraíba.

No Brasil, a explosão demográfica carcerária, nos últimos 17 anos, em especial, das mulheres em conflito com a lei nos traz reflexões sobre gênero, sistema patriarcal, punição e o poder de punir fundamentados em caracteres biologizantes. O objetivo deste trabalho é compreender o espaço prisional com base na percepção das próprias mulheres que o compõem e de confrontar o discurso da Lei 7.210/84 Lei de Execução Penal (LEP) com as situações expostas pelas mulheres e traçar um perfil local em paralelo com o nacional. Para obter estes objetivos optamos pela técnica de pesquisa bibliográfica e documental, utilizamos o instrumento do questionário com 17 questões que focalizou nos seguintes aspectos: faixa etária, estado civil, cor, religião, profissão, estado de moradia antes da prisão, cidade em que residia, constituição familiar e quantidades de filhos/as, quem é o/a atual responsável pelos/as filhos/as, renda antes da prisão e sobre violência doméstica. Em seguida, tabulamos e analisamos as informações de pesquisa e aplicamos a ferramenta da entrevista semiestruturada com quatro mulheres que participaram do questionário, tratando questões sobre a aplicabilidade da LEP e sobre a sua relação com o espaço prisional e as relações interpessoais, as quais também constituem este espaço. Estes dados foram estruturados segundo a análise de conteúdo das entrevistas em sínteses individuais. Os dados apontaram para o descumprimento da LEP em diversos aspectos tais como a assistência material, saúde, jurídica e educacional. Foi evidenciado que as mulheres não estão apenas privadas da liberdade, mas de condições mínimas para cumprir a sua pena, com dignidade. Pesquisar e investigar a atual situação de cárcere das mulheres apenadas na Cadeia Pública Feminina do município de Cajazeiras – Paraíba nos traz reflexões legais, educacionais e geográficas a respeito do espaço utilizado pelo Estado, enquanto instituição de poder para punir as transgressoras sem considerar suas subjetividades, enquanto mulheres.The prison population explosion in Brazil in the last 17 years, in particular, of women in conflict with the law brings us reflections on gender, patriarchal system, punishment and the power to punish based on biological characters. The objective of this work is to draw a local profile in parallel with the national, analyze and understand prison space based on women's own perceptions that compose it and to confront the discourse of Law 7.210 / 84 Criminal Execution Law with situations exposed by women. To obtain these objectives, we opted for the technique of bibliographical and documentary research, a questionnaire with 17 questions that focused on the following aspects: age, marital status, color, religion, profession, state of residence before prison, city where resided, if has children and quantity, who is the current responsible for the children, income before prison and domestic violence, then tabulate and analyze the data for later we applied a semi-structured interview with four women who participated in the questionnaire, questions about the applicability of the CEL and its relation to the prison space, interpersonal relations that also constitute the space. These data were structured according to the content analysis of the interviews in individual syntheses, they pointed to non-compliance with the CEL in several aspects such as material assistance, health, legal, educational. It has been shown that women are not only deprived of their liberty, but of minimum conditions to fulfill his sentence with dignity. Search and investigate the current prison situation of imprisoned women in the Female Public Chain of the municipality of Cajazeiras brings us geographical reflections regarding the space used by the State as an institution of power to punish the transgressors without considering their subjectivities as women