Excess weight and mortality in Brazilian and Argentinean states

Overweight and obesity affect more than a half of the world's adult population and are a strong risk factors for non-communicable diseases, which are the main cause of death, especially in people under 70 years of age. Regarding the relationship between overweight and obesity and mortality, studies have shown controversial results. In this sense, our study investigated the association between the prevalence of overweight and obesity with general and specific mortality rates in Brazil and Argentina through an ecological study. The prevalence of overweight and obesity was obtained from the telephone survey called Vigitel (Surveillance of Risk Factors and Protection for Chronic Diseases), in Brazil, and the ENFR (National Survey of Risk Factors for Noncommunicable Diseases) in Argentina; while general and specific mortality rates (for hormone-dependent and cardiovascular diseases) were obtained from the DATASUS Mortality Information System for Brazil and from the Health Statistics and Direction of the Ministry of Health of Argentina. Linear regression analysis showed a negative association for all exposures and outcomes in Argentina, which were attenuated after adjusting for the potential confounders. In Brazil, the crude analysis showed no association between the prevalence of overweight and obesity with general and specific mortality rates. On the other hand, there was a positive association between the proportion of individuals classified as having normal BMI and the mortality rate due to cardiovascular diseases (β = 5.14, 95% CI 0.84 and 9.45) and negative prevalence of overweight and this mortality rate (β = -4.03, 95% CI -8.05 and -0.02), after adjustment for the potential confounders. We concluded that the associations between the prevalence of overweight and obesity with general and specific mortality rates were inconsistent, in both Brazil and Argentina.Sem bolsaO excesso de peso atinge mais da metade da população adulta no mundo, sendo um forte fator de risco para doenças crônicas não trasmissíveis, que são a principal causa de morte, principalmente em pessoas com idade inferior a 70 anos. No que se refere a relação entre excesso de peso e mortalidade, os estudos têm mostrado resultados controversos. Nesse sentido, o presente trabalho investigou a associação entre as prevalências de excesso de peso e obesidade com as taxas de mortalidade total e específica no Brasil e na Argentina por meio de um estudo ecológico. As prevalências de excesso de peso e obesidade foram obtidas do inquérito telefônico Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas), no Brasil, e da ENFR (Encuesta Nacional de Factores de Riesgo para Enfermedades No Transmisibles) na Argentina, enquanto as taxas de mortalidade geral e específicas (por cânceres dependentes de hormônios e por doenças cardiovasculares) foram obtidas do Sistema de Informações sobre Mortalidade do DATASUS para o Brasil e da Direção de Estatísticas e Informações de Saúde do Ministério da Saúde da Argentina. Resultados da análise de regressão linear mostraram associações negativas para todas as exposições e desfechos na Argentina, as quais foram atenuadas, após o ajuste para os potenciais fatores de confusão. No Brasil, a análise bruta não encontrou associação entre as prevalências de excesso de peso e obesidade com as taxas de mortalidade geral e específica. Por outro lado, após o ajuste, observou-se uma associação positiva entre a proporção de indivíduos classificados com IMC normal e a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares (β= 5,14; IC95% 0,84 e 9,45) e negativa entre a prevalência de excesso de peso e essa taxa de mortalidade (β= -4,03; IC95% -8,05 e 0,02). Conclui-se que os resultados das associações entre as prevalências de excesso de peso e obesidade com as taxas de mortalidade geral e específica foram inconsistentes, tanto no Brasil quanto na Argentina