Diferentes sistemas de condução podendo alterar o comportamento ecofisiológico em BRS Cora cultivada no Vale do Submédio São Francisco.

Tendo em vista a demanda pelos produtores de uva de suco para redução no custo de mão-de obra na produção, há necessidade de pesquisas com diferentes sistemas de condução, uma vez que cada um pode permitir certas atividades na área, tais como a mecanização parcial ou total, o que tornaria mais fácil as operações manuais, como poda, aplicação de defensivos e colheita. Os sistemas de condução utilizados proporcionam uma maior ou menor exposição da superfície foliar à radiação, podendo favorecer maior ou menor perda de água, a qual em algumas situações pode fazer com que as plantas apresentem sintomas de déficit hídrico (MOUTINHO-PEREIRA 2000). Essa condição pode promover redução na assimilação líquida de CO2, uma vez que pode ocorrer o fechamento dos estômatos em resposta ao aumento do gradiente de pressão de vapor de água entre a folha e o ar, o qual é promovido pela maior ou menor exposição das folhas à radiação solar (KLIEWER et al. 2000). A limitação à entrada de CO2 ocorre porque ocorre fechamento dos estômatos para evitar a perda excessiva de água para a atmosfera, mas com isso reduz a entrada do substrato fundamental para a síntese de fotoassimilados nas células do mesofilo, alterando assim a capacidade de produção das plantas (MOUTINHO-PEREIRA 2000). Como a videira apresenta hábito trepador por ser uma planta sarmentosa, há necessidade de se ter um sistema de condução que suporte sua estrutura e lhe garanta melhor exposição das folhas à radiação com melhor eficiência no seu uso pelas plantas (NOBERTO et al. 2009; SMART 1985). Em uvas de suco existem poucos estudos ecofisiológicos com o uso de diferentes sistemas de condução no Submédio São Francisco. Assim, este trabalho teve como objetivo caracterizar o comportamento ecofisiológico em ?BRS Cora? cultivada em três sistemas de condução