O presente texto busca entender as variações da expressão “saudade” em Rubem Alves, sobretudo quando essas se correferem a religião. Ainda que não pretenda ser uma análise minuciosa de toda a obra do autor, revela-se que a palavra saudade possui valor singular ao longo de sua trajetória, desde seus primeiros escritos teológicos à fase crepuscular de sua caminhada, marcada mormente por crônicas e histórias infantis. Propõe-se demonstrar os diversos autores que alimentam as ideias de Rubem na construção de sua teoria da religião, reiteradamente descrita de forma sensível e poética mesmo nas composições que aparentemente não se referiam a indagações sobre o sagrado. O teólogo da Boa Esperança, como também foi chamado, parte da consciência de u...