Am Anfang war das Es: zur psychophilosophischen Vorgeschichte der Unterscheidung von Bewusst und Unbewusst vor dem Aufkommen der Tiefenpsychologie

Este ensaio inquire a pré-história psicofilosófica do conceito de inconsciente, anterior ao advento da Psicologia do Profundo. Como o conceito de inconsciente se constitui a partir de sua polaridade com a sua contraparte, o conceito de consciente, também este precisa ser examinado. Neste sentido, a partir do século XVII, constituíram-se no ocidente linhas de tradição, que acentuam mais o consciente ou o inconsciente e entre estas, também, enfoques mediadores. De um lado, encontram-se enfoques, cujo desenvolvimento relaciona-se ao iluminismo e que acentuam o conceito de consciente e, de outro, enfoques que seguem a tradição do romantismo e que acentuam o conceito de inconsciente. Estes conceitos passaram por um processo de reificação ao longo dos séculos e, com isso, apesar de contribuírem para um aprofundamento do conhecimento da psique humana, podem implicar uma simplificação da compreensão de sua verdadeira constituição e dinâmica. Por isso, torna-se importante encontrar uma nova linguagem, que contemple as descobertas destas tradições e que se defronta de forma crítica com os reducionismos decorrentes, no intuito de alcançar uma nova abordagem da psique humana. Esta tarefa ainda nos aguarda.This essay inquires into the psycho-philosophical prehistory of the conceptof the unconscious before the emergence of depth psychology. Because the concept of the unconscious basically forms a polarity to his counterpart – the concept of con-sciousness or awareness –, the latter must also be taken into account alongside the first. At the same time, since the 17th century lines of tradition developed in the West which put either one of both terms in a position of pre-eminence over the other. Mediating views are also to be found coming from both sides. On the one hand, one can find approaches which display loyalty to the Enlightenment, emphasizing the concept of consciousness. On the other, approaches closer to the romantic tradition, which tend to emphasize the unconscious, are also to be found. All this conceptualization became clearer and more fixed through the next centuries, and though it does contribute to fathom the human psyche, it may also lead to a semantic reduction of its nature and dynamics. Therefore, it remains important to fi nd a new language which can both hold fast to the achievements and critically discuss the reductionisms of both approaches, so that a new consideration of the human psyche may be arrived at. This task, however, is still to be completed.Este ensaio inquire a pré-história psicofi losófi ca do conceito de inconsciente, anterior ao advento da Psicologia do Profundo. Como o conceito de inconsciente se constitui a partir de sua polaridade com sua contraparte, o conceito de consciente, também este precisa ser examinado. Neste sentido, a partir do século XVII, constituíram-se, no Ocidente, linhas de tradição que acentuam mais o consciente ou o inconsciente e entre essas, também, enfoques mediadores. De um lado, encontram-se enfoques cujo desenvolvimento relaciona-se ao iluminismo e que acentuam o conceito de consciente e, de outro, enfoques que seguem a tradição do romantismo e que acentuam o conceito de inconsciente. Esses conceitos passaram por um processo de reifi cação ao longo dos séculos e, com isso, apesar de contribuírem para um aprofundamento do conhecimento da psique humana, podem implicar uma simplifi cação da compreensão de sua verdadeira constituição e dinâmica. Por isso torna-se importante encontrar uma nova linguagem que contemple as descobertas dessas tradições e que se defronta de forma crítica com os reducionismos decorrentes, no intuito de alcançar uma nova abordagem da psique humana. Essa tarefa ainda nos aguarda