A presença fantasmática das línguas ameríndias dos arauaques e dos caribes recebe destaque na análise de Omeros, obra do poeta e dramaturgo caribenho Derek Walcott (1994). Essa obra, que culminou com a outorga a seu autor do Nobel de Literatura em 1992, pode ser apresentada como potencial proposta de diálogos interculturais, especialmente no que diz respeito às memórias, heranças e pecados coloniais com que os povos denominados pós-coloniais têm de conviver e produzir suas identidades e territorialidades contemporâneas. As possibilidades de interlocução cultural são pensadas em termos de “outrização produtiva”, conforme delimitação teórico-crítica desenvolvida por Carvalho (2012). O papel da língua inglesa como língua franca global, com ênf...