O artigo busca traçar uma cartografia composta dediscursos e imagens que agenciam o ideário antropofágico de Oswald de Andradepara inventar, a partir do Brasil, formas alternativasde dialogar com a memória das violências do colonialismo, por um lado, e com osdilemas contemporâneos da globalização, por outro. Com esse intuito, sãoevocadas produções artísticas brasileiras (da artista plástica Adriana Varejãoao poeta Sérgio Vaz, passando pelo cineasta Glauber Rocha) que propõem deslocamentosde sentido na história do país, contribuindo, como diria o filósofo GillesDeleuze, para a criação de um povo que falta. Para essa cartografia contribuemigualmente as reflexões do cientista político Giuseppe Cocco em seu livro MundoBraz: o devir-mundo do Bra...