Determinação do perfil fenólico e estabilidade corante de vinhos tropicais do Brasil - Influência da casta, porta-enxerto, época de colheita e altitude da vinha

Doutoramento em Engenharia Alimentar - Instituto Superior de Agronomia / ULA videira é uma planta que se caracteriza pela sua capacidade de adaptação a condições de climáticas e pedológicas distintas. Essa facilidade e a prática de manejo adequada proporcionou a dispersão da viticultura para várias regiões do mundo, até mesmo em países de clima tropical como a Índia, Tailândia, Mianmar, Vietnam, Bangladesh, Namíbia, Etiópia, Quênia, Peru, Colômbia, Cuba, Bolívia, Venezuela e a região Nordeste do Brasil. Sendo nomeada “vitivinicultura tropical” e definida como a cultura da videira praticada em regiões onde não existem temperaturas baixas o suficiente, de modo a interromper o crescimento da videira, no inverno, apresentando, portanto, falta do período de repouso vegetativo natural. No Brasil, essa vitivinicultura é desenvolvida no Vale do Submédio São Francisco, nos estados da Bahia e Pernambuco. A região é caracteriza por estar em altitudes médias de 350 metros, em áreas planas com paisagem típica da “caatinga” no semiárido do sertão nordestino. A produção de uvas e vinhos ocorrem duas vezes ao ano, sendo assegurada pelos seguintes fatores: temperatura elevada, altos índices de radiação solar e irrigação através do rio São Francisco. Devido as condições diferenciadas das regiões tradicionais, pesquisas estão sendo desenvolvidas e consideradas importantes para compreender a influência de fatores agronômicos e enológicos na composição das uvas e dos vinhos tropicais produzidos no Nordeste brasileiro. Desta forma, o presente trabalho, tem como objetivo desenvolver conceitos que permitam compreender a influência de fatores ambientais e agronômicos, sobre a composição analítica de uvas, bem como as características físico-químicas, sensoriais e envelhecimento de vinhos tintos da região do Nordeste no BrasilN/