Implicações organizacionais do uso dos rankings internacionais: um estudo realizado nas Escolas de Negócios portuguesas

Os rankings estão cada vez mais comuns e passaram a avaliar e classificar diferentes instituições, pesquisas, assuntos, entre outros, de modo a obter a lista dos melhores ou até mesmo dos piores elementos (Grewal, Dearden, & Lilien, 2008; Rindova, Martins, Srinivas, & Chandler, 2018; Sekou Bermiss et al., 2014). Essa inclusão ou exclusão organizacional, assim como a posição atribuída nesses rankings, geram efeitos diversos nos resultados (Rindova et al., 2018). Destarte, as instituições pertencentes ao Ensino Superior, sejam universidades, faculdades ou escolas, não estão isentas aos sistemas de classificações ou alheias à sua influência. Wolf e Jenkins (2018) afirmam que as classificações tornaram-se importantes para a estruturação do comportamento dentro das universidades; Rindova et al. (2018) e Bowman e Bastedo (2009) reiteram que os rankings exercem especial e generalizada influência no cenário do ensino superior.Por isso, Locke (2014) ressalta a importância de compreender não apenas os impactos ocasionados pelos rankings no Ensino Superior, mas também como o envolvimento e a preocupação com essas avaliações externas proporcionam sobrevivência, mudanças e êxito das instituições de ensino nesse campo organizacional. Entretanto, o Ensino Superior é um campo de estudo muito vasto e analisá-lo completamente requer recursos não disponíveis nesta pesquisa. Deste modo, as competitivas escolas de negócio ou business schools (BSs) são campo específico deste estudo, tendo em vista que possuem grande preocupação com a formulação dos rankings, usos e resultados, o que as diferencia de outras organizações (Devinney, Dowling, & Perm-Ajchariyawong, 2008). Desta maneira, este estudo almeja investigar "como os fatores dos sistemas de classificação internacionais influenciam os processos e resultados das escolas de negócio" através de uma pesquisa explicativa com metodologia quali-quantitativa, na qual serão utilizadas como unidades de análise as escolas de negócio portuguesas credenciadas pelas agências de acreditação internacionais