Por que desde José Martí até a revolução de 1959, a história oficial cubana silenciou sobre o papel extraordinário dos afro-cubanos nas lutas contra a escravidão, pela independência e pela igualdade republicana? Este artigo responde a essa pergunta analisando os movimentos de escravos e livres de cor no século XIX, a liderança de Antonio Maceo e dos combatentes afro-cubanos nas guerras da independência e a formação em 1908 do Partido Independiente de Color, primeiro partido negro das Américas, até o aniquilamento do partido pelo Exército de Cuba em um massacre racista em 1912. O artigo também mostra como, desde 1959, a Revolução confirma a negação do protagonismo histórico dos afro-cubanos e evita todo debate sobre o racismo no país.Palavra...