Arquitetura temporária de emergência

Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2013.Exame público realizado em 16 de Outubro de 2013A presente dissertação tem como finalidade evidenciar o papel da arquitetura na reabilitação de um lugar, em contexto pós-catástrofe. A ideia de habitar envolve a criação de um programa e de um contexto, sendo essa uma das funções primárias da arquitetura. Também em situação de emergência são equacionas respostas adequadas ao seu contexto, nomeadamente com a atribuição de abrigos transitórios capazes de preservar a dignidade e promover a segurança e desenvolvimento das populações desalojadas. Contrariando a eternidade conferida à Arquitetura convencional, o objetivo deste tipo de arquitetura é ser temporário e transitório, o que nos remete para o campo da construção efémera. A Arquitetura temporária, por sua vez, distingue-se pelo pragmatismo e experimentalismo, tendo, à partida, um fim de vida anunciado - devendo ser igualmente equacionado o plano de reutilização ou reciclagem dos materiais. A Arquitetura de emergência é, porém, uma matéria recente: foi teorizada pela primeira vez em 1978 por Ian Davis, e, desde então, tem havido uma crescente sensibilização da sua importância. Isto deve-se, em parte, ao aumento exponencial do número de catástrofes e das condições crescentes de vulnerabilidade sociais e físicas, que conduzem à necessidade de pensar a emergência e realojar temporariamente as comunidades. (Catarina de Lurdes Marques Matos Silva