Escolhas em contracepção cirúrgica: um olhar sobre a relação entre a técnica e a pessoa

Las prácticas anticonceptivas pueden ser abordadas antropológicamente como actividades técnicas que tienen lugar en la vida cotidiana de las personas. Estudiar su elección exige considerar un amplio contexto social y simbólico que involucra consideraciones "no técnicas". A partir del trabajo etnográfico en un servicio público de obstetricia de la ciudad de Buenos Aires, tomamos en consideración, en este artículo, el problema de la relación entre la técnica y la construcción de la persona desde la perspectiva de los y las profesionales de la salud en el caso de la anticoncepción quirúrgica femenina. Para ello, analizamos sus prácticas y representaciones en torno a la administración del acceso a esta práctica, que permiten delinear los modos de definición e intervención biomédica de los cuerpos femeninos.Contraceptive practices can be anthropologically approached as technical activities taking place in people's everyday life. To study their choice we must consider the wider social and symbolic context, involving "non-technical" aspects. Based on an ethnographic study carried out in an obstetrician public service in Buenos Aires, this article addresses the relationship between technique and person-building in the case of female surgical contraception from the perspective of health professionals. We examine the practices and representations by which these professionals regulate the access to that practice, which allows us to identify ways of biomedic definition and intervention of female bodies.As práticas anticoncepcionais podem ser abordadas antropologicamente como atividades técnicas que ocorrem na vida cotidiana das pessoas. Estudar sua escolha exige a consideração de um amplo contexto social e simbólico que envolve aspectos "não-técnicos". Com base no trabalho etnográfico em um serviço público de obstetrícia da cidade de Buenos Aires, este artigo aborda, a partir do ponto de vista dos e das profissionais de saúde, o problema da relação entre técnica e construção da pessoa no caso da contracepção cirúrgica feminina. Para tanto, são analisadas suas práticas e representações em torno da administração do acesso àquela prática, o que permite delinear os modos de definição e intervenção biomédica dos corpos femininos