O presente artigo parte de uma abordagem filosófica comparativa entre a obra de Samuel Beckett, especificamente En Attendant Godot, e as ressonâncias escriturais de Clarice Lispector. Será visto as semelhanças e as diferenças que esses autores possuem entre si. A linguagem de Clarice compõe uma escritura menor, sempre vinda do improviso, criando assim um percurso fora da idéia tradicional de obra. Já Beckett esgota o possível, sua obra é carente de palavras, possui séries exautivas, está em pleno movimento estático. Mas, assim como Lispector, Beckett também improvisa. Clarice e Godot quando se entrelaçam formam um refrão jazzístico. E os dois, ainda, criam uma voz, quase muda, que vai em busca de pronunciar a palavra suplementar, através da...