Mesmo sob o influxo do realismo, as narrativas de Eça de Queirós apresentam nuances do gótico e do grotesco. Em O crime do Padre Amaro (1875), ambos são percebidos na construção de ações, personagens e cenários que envolvem tabus sociais e mortes. Nesse sentido, o presente artigo analisa a sutil projeção do gótico e do grotesco nesse romance. O estudo aproveita, principalmente, as concepções de grotesco de Wolfgang Kayser (2013) e Mikhail Bakhtin (2003), e de gótico, de Byron e Punter (2004), assim como algumas noções críticas sobre a narrativa queirosiana, propostas por Maria João Simões (2005).Palavras-chave: Eça de Queirós. Gótico. Grotesco. Realismo. DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v6i2.138