Crianças tímidas: aprendizagem da criança tímida e sua relação nos aspectos sócio afetivo

O presente trabalho tratou sobre a timidez, com objetivo de verificar se as relações dos aspectos sócio- afetivo interferem no processo de aprendizagem da criança tímida. Nesse intuito, delimitou-se a pesquisar crianças de 6 a 7 anos, do 1° ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Basiliano do Carmo de Jesus. Os sujeitos da pesquisa foram uma professora, três alunos e os pais desses alunos. A pesquisa formulou-se por estudo de caso fundamentando-se por uma metodologia qualitativa. Tendo como instrumentos para coleta de dados, a observação, entrevista, aplicação do Teste de Desempenho Escolar – TDE. Buscou-se analisar qual a contribuição do contexto escolar (relação aluno/professor e aluno/aluno) na aprendizagem e na interação e nos aspectos sócio-afetivo. Para a fundamentação teórica recorreu-se aos autores Philip Zimbardo, Lev Vygotsky, Maria Casares e Vicente Caballo. Obteve-se as principais constatações: as crianças tímidas não recebem muita contribuição na interação e nos aspectos sócio-afetivos. As atividades pedagógicas são sempre as mesmas e rotineiras não proporcionando momentos de interação não favorecendo a superação para minimizar e/ou eliminar a timidez. A partir do TDE, pode-se avaliar o nível de aprendizagem dos alunos tímidos. Verificou-se que a timidez não influência na aprendizagem dos alunos, sendo que os mesmos aprendem os conteúdos das aulas. Através deste estudo ressalta-se a importância de olhar para esse perfil de discente, pois só assim permitirá a construção de informações e meios de avaliação que considere os processos de aprendizagem para seu ser biopsicossocial.Palavras-chave: educação; ensino fundamental; timidez; sociointeracionismo