Teoria crítica e movimentos sociais: convergências, contrapontos e a centralidade da cultura como vetor explicativo

Este trabalho apresenta a vertente teórica e epistemológica da Teoria Crítica e sua contribuição ao estudo dos movimentos sociais. O artigo ampara-se num cotejo analítico que situa a contribuição desta corrente como marco interpretativo relevante ao entendimento do potencial emancipatório das mobilizações coletivas. Fazem parte do estudo uma síntese das teorias clássicas dos movimentos sociais e o gradual reconhecimento das condições culturais como chave explicativa central ao estudo da ação coletiva. Apresenta-se convergências e contrapontos quanto à contribuição da Teoria Crítica ao entendimento da ação coletiva e de seu projeto emancipatório. A teoria sociológica há muito tematiza e problematiza o estudo da formação do ator coletivo e o processo de mudança social inerente à agenda dos movimentos sociais. Deste modo, o presente trabalho pretende contribuir com a ampliação do debate que envolve o tema, e com pesquisas no âmbito da sociologia da cultura e da política