Experimental poisoning in cattle by the seeds of Abrus precatorius

Foram realizados experimentos com a semente de Abrus precatorius L., administrada por via oral, em bovinos. Há numerosas citações sôbre a toxidez desta planta na literatura, porém há escassez de dados sôbre a intoxicação provocada pela ingestão da semente na espécie bovina. No Brasil, a semente é apontada como responsável por mortes em bovinos. São apresentados os dados de 44 experimentas, sendo a maioria dêsses feitos com a semente madura inteira. A semente administrada em quantidades que variavam de 0,09 a 1,2 g/kg provocou anorexia e diarréia; em um caso, morte. A ingestão da semente causou imunidade contra a intoxicação por Abrus precatorius e também contra a semente de Ricinus communis. Os autores acreditam, baseando-se em suas investigações no campo e em seus experimentas, ser muito pouco provável a ocorrência de casos de intoxicação por ingestão espontânea da semente de A. precatorius em bovinos, porque os animais dificilmente encontram e ingerem, em condições naturais, quantidades suficientes da semente de uma só vez que provoquem a intoxicação. Por outro lado, a imunidade conferida aos animais pela ingestão de pequenas quantidades de sementes torna essa possibilidade ainda mais remota.Experiments with seeds of Abrus precatorius L., administered orally to bovines, were made. There are only few data in the literature on poisoning of cattle due to ingestion of the seeds, in spite of the many citations on the toxicity of the plant. The seeds of A. precatorius are believed to be responsible for cattle deaths in Brazil. The results of 44 experiments are given. In most of the experiments the entire seeds in their ripe state were administered, in a proportion of 0.09 to 1.2 g/kg. The symptoms of poisoning were loss of apetite and diarrea, in one case death. The ingestion of the seeds induced immunity against poisoning by A. precatorius and also against poisoning caused by seeds of Ricinus communis. Based on their field studies and on their experiments, the authors think that there is only a very small possibility in occurring poisoning of cattle by spontaneous ingestion of A. precatorius seeds. These animals, under natural conditions, will not find and ingest, at one time, sufficient quantities of seeds in order to get poisoned. On the other hand, the immunity confered to the animals by eating only small amounts of the seeds turn this possibility even smaller