Women in matrifocality and violence: the subject's interdisciplinary listening

This dissertation had as an objective to listen to the stories of women who experienced the matrifocality crossed by the violence. The research was developed under the theoretical foundation of Critical Social Theory - in the perspective of Social Services, and the production of the subject - in interlocution with psychoanalytic premises. The theoretical framework is based on the interdisciplinary narrative, discussing about the institutional locus, origin of the first anxieties that mobilized this research, followed by a critical, historical and social reading of women in society towards societal transformations and their resonances in family arrangements. Therefore, the descriptive outline of some milestones regarding the feminist struggles were visited, until one apprehends the social phenomenon of violence against women. The method privileged listening under the psychoanalytic guise, through free interviews recorded and later transcribed, of three women assisted in a specialized institution. The analysis pointed to the importance of listening to subjectivity, in an indispensable position, articulated to social interventions in a care network, protection and guarantee of rights. Thereby, it was observed that through transformative listening the power of the subject's reinvention, articulated to the primordial reaffirmation of rights of this societary segment, based on freedom and social justice, becoming a sensitive and daring encounter, as a possibility and strengthening of coping towards degrading setbacks in the social field arisen from capitalism.Dissertação (Mestrado)O presente estudo teve como objetivo escutar as histórias de mulheres que vivenciam a matrifocalidade atravessada pela violência. O percurso da pesquisa se desenvolveu sob o alicerce teórico da Teoria Social Crítica – na perspectiva do Serviço Social, e a produção do sujeito – na interlocução com as premissas psicanalíticas. A organização do referencial teórico se pautou na narrativa interdisciplinar, que versou sobre o lócus institucional, nascedouro das angústias mobilizadoras da pesquisa, seguido da leitura crítica, histórica e social, da mulher na sociedade, frente às transformações societárias e suas ressonâncias nos arranjos familiares. A partir daí visitouse o traçado descritivo de alguns marcos referentes às lutas feministas, até apreender, o propriamente dito, fenômeno social da violência contra a mulher. O método privilegiou a escuta sob a guisa psicanalítica, por meio de entrevistas livres gravadas e posteriormente transcritas, de três mulheres, ora assistidas em uma instituição especializada. A análise apontou para a relevância da escuta da subjetividade, em posição indispensável, articulada às intervenções sociais na rede de cuidado, proteção e garantia de direitos. Por fim, encontrou-se na escuta transformativa a potência de reivenção do sujeito, articulada à primordial reafirmação de direitos desse segmento societário, fomentada na liberdade e justiça social, fazendo-se um encontro sensível e ousado, como possiblidade e fortalecimento de enfrentamento aos retrocessos degradantes no campo social contemporâneo