A união do direito, da educação e da comunicação na construção da cultura de paz

A presente pesquisa tem por objetivo a exposição da relação entre o Direito, a Educação e a Comunicação como agentes responsáveis na promoção da Cultura da Paz dentro dos ambientes escolares. O tema faz-se absolutamente relevante e importante frente a sociedade contemporânea, onde a realidade de violência nas escolas e o fenômeno do Bullying são preocupações diárias dos educadores e das famílias. Assim, através do método qualitativo, pautado na pesquisa bibliográfica, o trabalho buscou expor a evolução histórica da questão da educação sob o prisma do ordenamento jurídico, abordando a educação como um dever de todos, analisando-se seus princípios básicos, os agentes responsáveis pela educação e atentou para a visão desta como indispensável à concretude do princípio da dignidade humana. Ainda, a pesquisa discorreu sobre a violência no âmbito escolar, abordando suas nuances com a finalidade de conscientizar sobre a importância de se educar para a paz. A pesquisa trouxe, para tanto, conceitos e entendimentos de diversos autores sobre a Cultura da Paz e sua construção, analisando o fenômeno da justiça restaurativa e da comunicação não violenta na construção de espaços de diálogos e de resolução pacífica de conflitos dentro do ambiente escolar, unindo a utilização dessas estratégias, no afastamento da violência nas escolas, seja essa violência praticada pelos alunos uns contra os outros ou, mesmo, seja ela praticada pelos educadores ou pela própria sociedade contra esses alunos. A pesquisa apresenta que o diálogo é o valor social que deve ser implementado no âmbito escolar como forma de educar para a paz, e deve vir tanto da própria escola, quanto da família e, até mesmo, da comunidade, principalmente através dos meios de comunicação, que possuem importante papel nessa quebra de paradigma. Ainda, apresenta que o Direito exerce papel fundamental como garantidor da implementação dos espaços de diálogo nas escolas, pois a educação é dever do Estado, que deve investir em estratégias pedagógicas que possibilitem aos alunos um ambiente escolar seguro e preparado para a resolução de seus conflitos de forma pacífica e, desta forma, possam ser ensinados, verdadeiramente, a cultuar a paz