Efeitos do treinamento resistido na pressão arterial de idosos: revisão sistemática

Em torno de 65% dos idosos brasileiros, apresentam elevada prevalência de hipertensão, e o controle da pressão arterial nessa população requer avaliação do risco cardiovascular. A principal característica da hipertensão é ser uma doença assintomática, e é definida como elevação sustentada dos níveis pressóricos, e com isso, de modo geral, a forma de prevenção e tratamento da hipertensão por muito tempo era somente o treinamento aeróbio de baixa a moderada intensidade, a partir de 2000 começou a se estudar o efeito do treinamento resistido, que até então era contraindicado por instituições e profissionais da área da saúde. O presente estudo analisa os estudos acerca do tema para verificar os efeitos do treinamento resistido na pressão arterial de idosos, foi realizado uma análise bibliográfica, de artigos de 1997 a Março de 2018, nas seguintes bases de dados: LILACS, ScIELO, MEDLINE, PubMed, Hypertension, Google Scholar. Dos 261 artigos encontrados, 15 se tornaram relevante ao tema, o número da amostra variou entre 10 e 70, com idade de 60,5 a 71,3 anos. Os estudos avaliaram na sua maioria idosos normotensos, mas também tiveram estudos que analisaram idosos hipertensos, hipertensos diabéticos e idosas com estresse mental. Os protocolos utilizados tiveram uma média de 2 séries, 7 exercícios e 13 repetições. A maioria dos estudos demonstrou uma diminuição significativa dos valores de pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD), pode-se perceber que as maiores lacunas dos estudos foi a falta de identificação de uma intensidade específica, e o monitoramento da PAM nas 24 horas depois do exercício. Conclui-se que o TR diminui a pressão arterial, necessitando de mais estudos acerca do tema, para determinar intensidade e volume específicos para esse grupo