L’Union européenne : un champion en trompe l’œil de l’aide publique au développement

L’Union européenne est le premier bailleur de fonds de l’aide publique au développement dans le monde. Elle y consacre des sommes plus importantes que les États-Unis et le Japon et elle domine dans l’aide au développement perçue par la quasi-totalité des pays bénéficiaires (pays en développement et pays en transition). Elle est le premier donateur aussi bien pour l’importance de sommes dépensées que pour l’effort consenti (l’aide rapportée au revenu national brut ou bien au nombre des habitants des pays donateurs). Mais ce statut de premier donateur est en partie illusoire. Cette domination vient de l’addition artificielle de l’aide versée par la Commission européenne et de l’aide versée par les pays membres de l’UE 15. Or, l’analyse des statistiques de l’aide au développement montre que ces deux types de donateurs ne suivent pas les mêmes logiques pour l’allocation géographique de leur aide. L’aide au développement versée par l’Union, comparativement à celle versée par le Japon et les États-Unis, semble avoir un caractère universel. Cette apparente générosité ne cache-t-elle pas une faiblesse ? On peut se demander si l’aide européenne ne souffre pas en réalité d’une trop grande dispersion. Par ailleurs, la géographie de l’aide versée par l’UE ne semble pas correspondre au discours européen qui met au sommet de l’agenda politique de l’Union le développement des relations avec ses voisins géographiques. Ce manque de cohérence transparaît dans l’évolution inverse des aides versées par la Commission (en augmentation) et par les pays membres de l’UE (en baisse). L’Union s’est bel et bien engagée dans une réforme de la gouvernance de son aide au développement (déclaration de Paris, Objectifs du Millénaire pour le développement). Néanmoins, les tendances que nous soulignons dans cet article montrent que les résultats sont encore à venir. La faible lisibilité de l’action de l’UE explique qu’elle ne retire guère de capital politique des sommes importantes qu’elle consacre à l’aide.A União Europeia é o primeiro doador para a ajuda pública ao desenvolvimento no mundo. Consagra a ela somas mais importantes que os Estados Unidos e o Japão e domina na ajuda ao desenvolvimento percebida para a quase totalidade dos países beneficiários (países em desenvolvimento e países em transição). Ela é também o primeiro doador tanto pela importância das somas gastas como pelo o esforço realizado (a ajuda em percentagem da renda nacional bruta ou do número de habitantes dos países doadores). Mas este estatuto de primeiro doador é em parte ilusório. Esta dominação vem da adição artificial da ajuda consentida pela Comissão europeia e da ajuda dos países-membros da UE 15. A análise das estatísticas da ajuda ao desenvolvimento mostra que estes dois tipos de doadores não seguem as mesmas lógicas para a alocação geográfica da sua ajuda. A ajuda ao desenvolvimento da União, em comparação com a do Japão e dos Estados Unidos, parece ter um carácter universal. Esta aparente generosidade não esconde uma fraqueza ? Podemos investigar se a ajuda europeia não sofre realmente de uma dispersão exagerada. Além disso, a geografia da ajuda da UE não parece corresponder ao discurso europeu que põe no topo da agenda política da União o desenvolvimento das relações com os seus vizinhos geográficos. Esta falta de coerência transparece na evolução oposta das ajudas consentidas pela Comissão (em aumento) e pelos países-membros da UE (em baixa). A União se comprometeu a fazer uma reforma da governança da sua ajuda ao desenvolvimento (declaração de Paris, Objetivos do Milénio para o desenvolvimento). No entanto, as tendências que sublinhamos neste artigo mostram que os resultados ainda devem vir. A baixa legibilidade da ação da UE explica porque não obtem capital político na altura das somas importantes que consagra à ajuda.The European Union tops the ranking of the main contributors to the official development assistance (ODA) in almost all the developing and transition countries. Its disbursements are higher than those of the United States and the Japan. This status as first contributor is not only based on the gross amounts of money dedicated to the official assistance. It is also based on the amounts of money disbursed related to the gross national income and to the population of the European states. Nevertheless, this status is partly an illusion. The domination of the European Union comes from the artificial addition of the assistance provided by the European Commission (multilateral) and the assistance disbursed by the member states of the former UE 15 (bilateral). A detailed analysis of the data provided by the OECD shows that these to donors do not follow the same lines as regards the geographical allocation of their assistance. Besides, when it comes to the geography of the assistance delivered by the European Union, it looks more universal that those delivered by the United States and Japan. Isn’t it a sign of weakness and incoherence? One can wonder whether the ODA of the EU does not suffer form an excessive dissemination. Last, the geographical distribution of the European assistance is not really consistent with the official political agenda of the EU strongly oriented towards the issue of the development of the neighbouring countries. This lack of coherence is revealed by the opposite evolutions of the aids disbursed in the neighbourhood by the Commission and the EU members. The former has been increasing since the 1990s whereas the latter has been dramatically decreasing over the last fifteen years. The EU has launched a profound reform of its official assistance governance in line with the Paris Declaration and the implementation of the Millenium Development Goals. But much is still to be done before to reach the objective addressed by this reform. The European Union still appears unable to exert a strong political influence through it official assistance, even in its own neighbourhood where the United States play a strong and eventually more visible role