Hora da Guerra : Jorge Amado e a França na Segunda Guerra Mundial

Jorge Amado, na Hora da Guerra, –crônicas publicadas em O Imparcial, de Salvador-Bahia, entre dezembro de 1942 e outubro de 1944–, mostra uma visão político-partidária da Segunda Grande Guerra, preocupando-se em refletir sobre os efeitos do Acordo de Munique, de 1938, quando a França esteve presente, com a exclusão da União Soviética das consultas e o apoio às pretensões hitleristas de expansão ; várias personalidades e acontecimentos franceses são mostrados, com citações que ultrapassam duas centenas ; nomes como Philippe Pétain, Pierre Laval, Charles de Gaulle, Henri Giraud, Edouard Daladier, François Darlan e outros ajudam a surgir um perfil da época e do governo de Vichy ; em contraponto, aparecem vultos históricos tradicionais, próximos da Revolução Francesa, como Napoleão Bonaparte, Jean-Paul Marat, Maria Antonieta, Charlotte Corday, Marquês de La Fayette, Robespierre, etc. que ajudam a marcar as diversidades do momento vivido ; na literatura, entre muitos, são citados André Gide, André Maurois, Georges Bernanos, Romain Rolland, para clarificar o quanto o nazifascismo deteriorava as relações da arte e da cultura com o poder ; Amado não esquece, apesar do momento belicoso e das definições imprecisas e delicadas, da influência da nação gaulesa na jovem pátria brasileira e de sua admiração pelos intelectuais.Jorge Amado, in Hora da Guerra -chronicles published in O Imparcial, Salvador-Bahia, from December, 1942, to October, 1944- shows a partisan political vision of the World War II, focusing to reflect about the effects of the Munich Agreement, 1938, when France was present and the Soviet Union was excluded from the survey and the Hitler’s expansion desire was supported ; many french personality and events are shown, with quotes that exceed two hundred ; names such as Philippe Pétain, Pierre Laval, Charles de Gaulle, Henri Giraud, Edouard Daladier, François Darlan and others that help to emerge a profile of the time and the Vichy government ; in contrast, traditional historical figures appear, close to the French Revolution, such as Napoleon Bonaparte, Jean-Paul Marat, Marie Antoinette, Charlotte Corday, Marquis de La Fayette, Robespierre... those help mark the diversity of the lived moment ; in the literature, among many, are cited André Gide, André Maurois, Georges Bernanos, Romain Rolland, to clarify how the nazifascism deteriorated the relations of art and culture with the power ; Amado does not forget, despite the bellicose moment and imprecise and delicate definitions, the influence of the Gallic nation in young Brazilian citizens and his admiration by intellectuals