Élisée Reclus (1830–1905) contradiz a centralidade racionalista de sua época, situando toda sua obra entre a composição de um novo paradigma na geografia e o posicionamento excêntrico, dotado de criticismo libertário, contrário à geografia racionalista. A geografia universitária que o sucedeu, negligenciou a sua contribuição, taxando-a de descritiva e órfã de objeto. Por sua vez, sua obra foi escamoteada e subsumida também pela geografia crítica radical, de base marxista, mesmo sabendo que ele foi o criador da geografia crítica social. Reclus criou um novo paradigma na geografia, a geografia anarquista, e também uma nova vertente do anarquismo, o anarquismo geográfico. Como aporte teórico para o entendimento da excentricidade da geografia a...