A fotografia e os fotógrafos na revista Panorama (1941-1973): 30 anos de propaganda?

O interesse pela fotografia impressa está longe de ser um facto negligenciável em diversos projetos editoriais. Centrando a atenção sobre a análise da revista Panorama (1941-1973), este artigo testa a possibilidade de uma história alternativa desta publicação por meio da fotografia. Uma análise alargada de algumas edições revelou uma disseminação assimétrica da fotografia ao longo do tempo, que refletia a perca de protagonismo do fotógrafo e da imagem fotográfica nas últimas séries. Impunha-se, portanto, uma análise de conjunto da revista como meio de obter um quadro representativo desse período. A pertinência desta análise, ainda exploratória, é a de trazer novos dados que contribuam para entender até que ponto a fotografia é utilizada como instrumento de propaganda na Panorama ou perde a sua capacidade discursiva, passando a ocupar uma função meramente ilustrativa.Printed photography is far from being a minor concern in several editorial projects. By focusing our study on the analysis of the Panorama (1941-1973), this paper tests the possibility of an alternative history of the publication by means of photography. A random analysis of several editions of Panorama pointed out an asymmetrical distribution of its use, which was the departure point to a complete survey of the magazine in order to understand the reasons behind it and obtain representative data for our assessment. Although the nature of this survey is exploratory, its relevance is to bring new analysis methods and statistical data that stands out as the basis to support our considerations regarding the importance of printed photography as a propaganda instrument in Panorama