Nomear e ser nomeado na Idade Média. Estudo de antroponímia alentejana medieval (Homenagem a Iria Gonçalves)

O estudo da antroponímia medieval não tem tido, entre nós, grandes cultores. Dentre os que se dedicaram a tal tarefa, ressalta o nome de Iria Gonçalves, que desde a década de setenta (com a publicação de dois artigos sobre a temática na revista Do Tempo e da História, órgão do Centro de Estudos Históricos anexo à Faculdade de Letras de Lisboa: «Amostra de Antroponímia Alentejana do século XV», 1971, e «Antroponímia das terras alcobacenses nos fins da Idade Média», 1972) se tem dedicado ao estudo da onomástica portuguesa baixo-medieval e, dessa forma, ao estudo da história social naquele período. O nosso propósito no presente estudo será o de, com base na recolha num conjunto alargado de fontes, retomar esta problemática, cingindo-nos à região do Além-Tejo, e estabelecendo eventuais comparações entre Norte e Sul e Litoral e Interior, ao mesmo tempo que tributamos homenagem a uma das mais significativas medievalistas portuguesas – a Professora Iria Vicente Gonçalves