Enfisema cervico-facial e mediastínico iatrogénico: a propósito de dois casos clínicos e revisão da literatura

Cervicofacial subcutaneous emphysema relates to the presence of air on the interior of subcutaneous tissue of the head and neck. Given that the spaces between the deep cervical fascial planes of the head and neck are contiguous with the mediastinal space, the air can spread rapidly causing pneumomediastinum, which can lead to serious complications. In spite of being rare, there are reported cases of cervicofacial subcutaneous emphysema and pneumomediastinum after endodental treatments. The authors present the cases of two young women who were referred to Ear, Nose and Throat surgeons evaluation after dentistry treatment. They presented with facial and neck swelling, with subcutaneous emphysema. Computed tomography (CT) revealed, besides cervicofacial emphysema, pneumomediastinum. They were admitted to the infirmary. They were given antibiotics, and were kept under clinical vigilance. They were discharged after 7 days, with complete resolution of their clinical state, and a normal CT. The management of this potential life-threatening situation is still controversial but at least antibiotics and clinical surveillance in needed in this situations. Most of the times, conservative treatment is sufficientO enfisema subcutâneo cervico-facial diz respeito à presença de ar no interior dos tecidos subcutâneos do pescoço e da face. Dada a continuidade dos espaços fasciais do pescoço em relação ao tórax, pode -se dar uma progressão da infiltração gasosa para o mediastino, resultado num pneumodiastino. Apesar de ser uma entidade rara, estão descritos na literatura alguns casos de enfisema subcutâneo como complicação de tratamentos dentários. Os autores apresentam dois casos de duas pacientes do sexo feminino, jovens, encaminhadas para avaliação por Otorrinolaringologia após tratamento dentário. Elas apresentamram-se com tumefação cervical e facial, com enfisema subcutâneo à palpação. Ambas forem internadas na enfermaria. Foi administrada terapêutica antibiótica profilática, e foram mantidas sob vigilância. Tiveram alta ao final de 7 dias, com resolução completa do quadro clínico e normalização dos achados na tomografia computorizada. A abordagem desta complicação potencialmente ameaçadora ainda é controversa, mas pelo menos a administração de antibioterapia e vigilância clínica é necessária nesta situação. A maioria das vezes, o tratamento conservador é suficient