A saga e o sofrimento do outro senegalês: a construção do racismo em representações midiáticas da migração

This article investigates the media representation of Senegalese migration to Brazil, drawing on debates on identity, representation, diaspora, and racism. It maps out media coverage on Senegalese migration in the state of Rio Grande do Sul by analyzing the content of 145 news items on websites from eight newspapers between 2014 and 2015. Later, this helps to analyze an article portraying the arrival of new migration flows to the country from newspaper Zero Hora. We have identified that, even though it is set to show migrants’ situation in a humanized fashion, the newspaper article still reinforces the association between victimhood and migration, thus pointing to a media construction that naturalizes differences between us, nationals, and the other, the black migrant.O artigo investiga a representação midiática da migração senegalesa no Brasil, situando a discussão na perspectiva de identidade, representação, diáspora e racismo. Para isto, parte de mapeamento da cobertura da mídia sobre a presença migratória de senegaleses no Rio Grande do Sul, com análise de conteúdo de 145 matérias em sites de oito jornais entre 2014 e 2015, para aprofundar a análise em reportagem do jornal Zero Hora, representativa sobre a chegada de novos fluxos migratórios ao país. Identificamos que, mesmo que se proponha a mostrar de maneira humanizada a situação dos migrantes, a reportagem ainda o faz a partir de referentes que reforçam a associação entre vitimismo e migração, indicando uma construção midiática que naturaliza as diferenças entre nós, nacionais, e o outro, migrante negro.El artículo investiga la representación mediática de la migración senegalesa en Brasil, situando la discusión en la perspectiva de identidad, representación, diáspora y racismo. Para ello, parte del mapeo de la cobertura de los medios sobre la presencia migratoria de senegaleses en Rio Grande do Sul, con análisis de contenido de 145 temas en sitios de ocho diarios entre 2014 y 2015. El análisis se profundiza con un reportaje del diario Zero Hora, representativo sobre la llegada de nuevos flujos migratorios al país. Identificamos que, aunque se proponga mostrar de manera humanizada la situación de los migrantes, el reportaje lo hace a partir de referentes que refuerzan la asociación entre victimismo y migración, indicando una construcción mediática que naturaliza las diferencias entre nosotros, nacionales, y el, otro, migrante negro