O artigo discute o papel das missões protestantes pioneiras na África, também conhecidas como missões autônomas, quando religiosos de diferentes confissões reformadas dirigem-se àquele continente para promover a evangelização. Procurando analisar o ato missionário em sua dimensão dialógica, e tendo em vista as doutrinas que defendiam o autogoverno das igrejas implantadas, procuro demonstrar como os receptores da mensagem se apropriaram dos textos bíblicos para orientarem suas lutas de resistência à dominação colonial e por emancipação política. Indico, por fim, alguns traços dos movimentos religiosos cujo protagonista foi o povo nativo e seus desdobramentos para a compreensão das relações entre religião, cultura e política