Representações sociais e imaginário coletivo na Contabilidade

Trata este artigo de uma síntese da abordagem dada à pesquisa implementada por esta autora, quando da conclusão de seu mestrado na Universidade de São Paulo - USP, no que diz respeito à percepção que a sociedade, de um modo geral, tem do contador e da Contabilidade. Para a caracterização e o estudo dessa percepção, fundamentou-se a autora na psicologia analítica de Jung (1969; 2001) e autores como Moscovici (1978; 1989), bem como em nomes expoentes da Contabilidade, o que tornou possível a conversão do foco de estudo, para o que se denominou Representações Sociais. Para Moscovici (198I, p.181), "por representações sociais entendemos um conjunto de conceitos, proposições e explicações originadas na vida cotidiana no curso de comunicações interpessoais". Para pesquisar e identificar essas representações, o método escolhido foi o fenomenológico, em que se busca externar uma descrição direta da experiência tal como ela é, ou seja, a realidade construída socialmente e entendida tal como foi compreendida e interpretada a mensagem. Pela pesquisa foi identificado o quanto se distancia da realidade a percepção do contador e da Contabilidade pelo usuário, chegando mesmo a revelar grande poder imaginativo, seja deforma consciente ou não. Perpassa, também, essa relação, o aspecto do dilema, centrado na trinca contador, Contabilidade e usuário, consubstanciado na ténue posição de cada um de seus vértices. Nessa relação, ocorre um diálogo hora exaltando, hora rechaçando tanto o contador como a Contabilidade