Mulheres e direitos humanos: desfazendo imagens, (re)construindo identidades

Located in the context of studies on gender and violence, this paper interprets cases of violence against women, namely those in which the victim seeks for support services. It is part of a research being carried out in the southern region of Brazil, and debates the need to "deconstruct old images" in order to give place to "new identities" as a form of helping women to move from a victim's position towards playing the leading role of their own lives, in charge of their own choices and writing their own stories. This paper relates the urgency to revise socializing processes that will inculcate on everyday practices - of both men and women - another way of perceiving, conceiving and living their conditions as men and women in contemporaneity. It starts from the principle that it is not enough to assure rights and punish the aggressors. What has become evident in our first contacts with the research field points at the fight against gender violence being closely related to the representations that women have about domestic violence, since most of them only acknowledge physical violence, ignoring the other forms of violence. Generically, they consider gender differences as something natural and believe they occupy an inferior position in relation to men. Gender violence is a social construction that strengthens male domination and oppresses women. The challenge, thus, is to transform violence against women from a private into a public problem; that is, into an issue of human rights and gender equality. Situado no contexto dos estudos de gênero e violência, este artigo interpreta atos de violência praticados contra a mulher, nomeadamente aqueles em que a vítima procura os setores de apoio. É parte de uma pesquisa em desenvolvimento no Sul do Brasil. Problematiza a necessidade de “desconstruir velhas imagens” para dar lugar a “novas identidades” como forma de auxiliar a mulher a sair da condição de vítima, para protagonizar sua própria vida, como autora de suas escolhas e de sua história. Relaciona a urgência na revisão dos processos de socialização para imprimir, nas práticas cotidianas, com homens e mulheres, outro jeito de perceber, conceber e viver a condição de mulher e de homem na contemporaneidade. Parte do princípio de que não basta garantir direitos à mulher e/ou punir agressores. Considera urgente o testemunho de uma nova cultura sobre as questões de gênero. O problema evidenciado, nos primeiros contatos com o campo, sinaliza que o combate à violência de gênero tem íntima relação com as representações que as mulheres têm sobre a violência doméstica, pois a maior parte delas somente reconhece as violências físicas, ignorando outras formas. Genericamente, consideram naturais as desigualdades de gênero e acreditam ocupar lugar subalterno em relação aos homens. A violência de gênero é uma construção social, que fortalece a dominação masculina e oprime as mulheres. O desafio que se coloca é, pois, transformar a violência contra a mulher, de um problema privado, num problema público, ou seja, como um problema de direitos humanos e de igualdade de gênero.Situado en el contexto de los estudios de género y violencia, este artículo interpreta casos de violencia practicada contra la mujer, específicamente aquellos en los que la víctima busca los sectores de apoyo. Forma parte de una investigación en desarrollo en la región sur de Brasil. Problematiza la necesidad de “des-construir viejas imágenes” para dar lugar a las “nuevas identidades” como forma de auxiliar a la mujer a salir de la condición de víctima, para protagonizar su propia vida, como autora de sus elecciones y de su historia. Relaciona la urgencia en la revisión de los procesos de socialización para imprimir en las prácticas cotidianas, con hombres y mujeres, otra manera de percibir, concebir y vivir la condición de mujer y de hombre en la contemporaneidad. Parte del principio que no es suficiente garantizar derechos y punir agresores. Considera urgente el testimonio de una nueva cultura sobre las cuestiones de género. El problema evidenciado en los primeros contactos con el campo señala que el combate a la violencia de género tiene íntima relación con las representaciones que las mujeres tienen sobre la violencia doméstica, pues la mayor parte de ellas solamente reconoce las violencias físicas, ignorando las otras formas. Genéricamente, consideran naturales las desigualdades de género y creen ocupar un lugar subalterno en relación a los hombres. La violencia de género es una construcción coloca social que fortalece la dominación masculina y oprime a las mujeres. El desafío que esta puesto es transformar la violencia contra la mujer, de un problema privado, en un problema público, o sea, como un problema de derechos humanos y de igualdad de género