Mães pela diversidade : trajetórias políticas de mulheres-mães do Rio Grande do Sul

O Mães pela Diversidade é um coletivo formado principalmente por mães que se engajam na luta política para salvaguardar os direitos dos filhos/as LGBTs, bem como se posicionar contra todas as formas de preconceito existentes contra essa população. O Mães tem representatividade nacional, sendo que o estado do Rio Grande do Sul é um dos mais fortes. Nessa dissertação, busquei recompor histórias, trajetórias, articulações que compõem essa virada em direção à luta e a emergência de uma identidade política de quatro participantes do coletivo. Parti do pressuposto de que cada sujeito é construído historicamente e por relações de poder, sendo que sua trajetória de vida é cravejada de acontecimentos que, junto a marcadores sociais de diferença, marcam arranjos singulares. Tratei aqui de um sujeito mulher-mãe, analisando as articulações que as levaram até a “mãelitância” através das noções de norma e identidade política. Realizei um trabalho de campo inspirado pelo método etnográfico, bem como entrevistas em profundidade com as participantes. Também compuseram a análise trechos e textos publicados por representantes do coletivo nas redes sociais. Ao tentar produzir uma experiência no leitor desse trabalho através de uma escrita implicada com o feminismo e a ética, apresentei histórias de vida que se entrecruzam em pontos como sofrimento, amor, luta e reconhecimento de um lugar social.Mothers for Diversity is a collective composed mainly of mothers who engage in the political struggle to safeguard the rights of their LGBTs sons and daughters, as well as go against all forms of prejudice against this population. The Mothers has national representation, and the state of Rio Grande do Sul is one of the strongest. In this dissertation, I sought to compose histories, trajectories, articulations that compose this turn towards the struggle and the emergence of a political identity of four participants of the collective. I assumed that each subject is built historically and by power relations, and their life trajectory is marked by events that, together with social markers of difference, mark singular arrangements. I treated here of a subject woman-mother, analyzing the articulations that led to the mother militancy through the notions of Standard and Political identity. My work field was inspired by the ethnographic method, as well as in-depth interviews with the participants. Also compiled the analysis excerpts and texts published by representatives of the collective in social networks. In attempting to produce an experience in the reader of this work through a writing implied in feminism and ethics, I have presented life stories that intersect points like suffering, love, struggle and recognition of a social place