Intervenções e trajetórias urbanas : um estudo sobre trajetória e projeto na arte de rua em Porto Alegre

A presente pesquisa tem por objetivo acompanhar a trajetória de indivíduos atuantes na cena das intervenções na paisagem oficial da cidade de Porto Alegre. Em uma dupla inserção, foram acessados circuitos (Magnani, 1999), trajetórias e projetos (Velho, 2013) tanto das intervenções autorizadas, muitas dessas organizadas pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre através da Secretaria Municipal da Juventude, bem como das intervenções não-autorizadas, seguindo rastros através de fóruns em redes sociais online. Utilizando-se da etnografia de rua (Eckert e Rocha, 2013), isto é, da “[...]exploração dos espaços urbanos a serem investigados através de caminhadas em que o pesquisador está atento às variações das formas de ocupação do espaço, dos jogos de interação social e tensões nos territórios vividos” (Eckert; Rocha, 2013:31), buscou-se um afastamento de dicotomias preestabelecidas entre as nomenclaturas “graffiti” e “pixo”, tendo por intenção primeira compreender como os indivíduos inseridos nessa prática transitam com maior liberdade do que supõe o discurso midiático ou institucional entre essas categorias, tornando suas fronteiras porosas e imprecisas.The present research aims to follow the trajectory of individuals active in the scene of interventions in the landscape of Porto Alegre city official. In a dual-insert, were accessed circuits (Magnani, 1999), trajectories and projects (Old, 2013) both authorised interventions, many of those organized by the municipality of Porto Alegre through the Municipal Department for youth, as well as unauthorized interventions, trail through forums on online social networks. Using Ethnography (Eckert and rock, 2013), that is, the "[...] exploration of urban spaces to be investigated by hiking in which the researcher is aware of the variations of the forms of space occupation, of social interaction and tensions in the territories lived "(Eckert; Rock, 2013:31), sought a pre-established dichotomies between the spacing nomenclatures "graffiti" and "pixo", with the intention to first understand how individuals inserted in this practice carried over with greater freedom than the media or institutional discourse between these categories, making their porous borders and inaccurate