Autocriação pela Rebeldia : educação moral e resistência

O presente trabalho se trata de uma problematização acerca de episódios de resistência às normas escolares. Parte de uma observação participante realizada ao longo de duas semanas no primeiro semestre do ano de 2015 numa turma de 5º ano de uma escola estadual de ensino fundamental da região central de Porto Alegre – RS. São apresentados eventos envolvendo dois estudantes. Essas situações carregam movimentos de resistência à instituição escolar que aqui buscarei entender como experiências de autocriação, de reexistência. A metodologia, por mim cunhada, é definida como uma reobservação participante trans/di-gressiva em função de se tratar de um novo olhar. Este olhar é ora lançado sobre situações experienciadas em uma observação participante feita há mais de um ano numa turma de 5º ano de ensino fundamental em uma escola da rede pública estadual. Esse novo olhar objetiva uma reescrita que visa a ser ao mesmo tempo transgressiva e digressiva e se vale de recursos intertextuais (imagens e olhos de texto) para estabelecer tensionamentos e provocações que visem a resistir propiciando a reexistência da escrita e, logo, a multiplicação de certos sentidos