Mães azuis : trajetórias de mães de autistas de Porto Alegre

Essa pesquisa é resultado de uma pesquisa etnográfica que foi realizada de março à novembro de 2015 com mães de filhos com autismo da cidade de Porto Alegre. Analiso a trajetória dessas mães dentro do referencial teórico da antropologia urbana, principalmente da obra de Gilberto Velho privilegiando a perspectiva de seus projetos, estilo de vida e metamorfose que sofreram depois da experiência de ser mãe de um filho com autismo. Também conceituo o autismo, trazendo a história do diagnóstico e um diálogo tanto com as “ciências duras” quanto uma perspectiva sócio-antropológica. Além disso faço uma breve reflexão sobre maternidade nas sociedades contemporâneas e analiso também brevemente os eventos promovidos pelo Instituto Autismo & Vida que participei durante a minha pesquisa de um ponto de vista dramatúrgico.This work is the result of an ethnographic research conducted from march to november of 2015 with mothers of autistic sons in the city of Porto Alegre. The trajectories of this mothers are analyzed within the theoretical referential of urban anthropology, mostly utilizing Gilberto Velho works, emphasizing the perspective of their projects, lifestyle and the metamorphosis that they went through after having a child with autism. I also conceptualize the autism, bringing the history of the diagnosis and a dialogue both with the “hard sciences”as with socio-anthropological perspective. Furthermore I also offer a brief reflection about maternity on the contemporary societies and analyze also briefly the events promoted by the ONG Autismo& Vida that I participated during my research from a dramaturgical point of view