As representações sociais das professoras sobre o fazer docente no berçário

Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa de cunho qualitativo que teve por objetivo investigar como as professoras de berçário de creches (públicas e privadas) compreendem/significam o seu papel como docente, quais os referenciais de que elas se apropriam para realizar seu fazer docente e qual a concepção de infância que essas profissionais desenvolvem na prática cotidiana. A fundamentação teórica traz inicialmente um panorama histórico das instituições de educação infantil no Brasil abordado por Kuhlmann Jr. (2000 e 2004) e Kramer (1992), o debate internacional sobre o papel do professor de bebês, tendo como base o professor-referência, as relações estabelecidas entre adultos e bebês analisadas por Goldschmied e Jackson (2006) e Dahlberg, Pence e Moss (2003), bem como a discussão acerca do cuidar e do educar baseado nas concepções de professor de berçário na literatura nacional abordadas por Cerisara (1999), Tristão (2004) e Guimarães (2008). Para conhecer as concepções das professoras, foram utilizadas entrevistas para compreender o diálogo entre as representações sociais de professores e os conceitos encontrados nas teorias estudadas. Foi aplicada entrevista semiestruturada com quatro professoras de berçários com o intuito de verificar se as representações desenvolvidas por elas vêm ao encontro de propostas teóricas já existentes, ou se há a necessidade de reconceitualizar a docência a partir do que vem sendo realizado pelas profissionais, uma vez que a especificidade dessa docência é uma temática ainda pouco estudada e discutida no âmbito educacional