The policy mix in the US and EMU : evidence from a SVAR analysis

Mestrado Economia Monetária e FinanceiraO objectivo desta dissertação é o estudo dos efeitos das políticas orçamental e monetária, bem como as suas interacções (policy mix), e uma curta análise sobre a causalidade entre a despesa pública e a receita fiscal. Foi utilizada a metodologia SVAR para analisar tais interrelações entre estas variáveis com dados para os EUA e Zona Euro (EMU). No geral, os resultados mostram que estes dois casos apresentam diferenças significativas. Primeiro, enquanto no caso dos EUA existe evidência de política orçamental Keynesiana, o mesmo não se aplica no caso da Zona Euro. Segundo, considerando os efeitos da crise económica e financeira global, existe evidência de efeitos não-Keynesianos da política orçamental no caso da Zona Euro (consolidação orçamental expansionista), o que não se verifica no caso dos EUA.Terceiro, existe evidência que corrobora a relação inversa entre as taxas de juro de política monetária e inflação no caso dos EUA, o que não se verifica no caso da Zona Euro (puzzle). Por fim, ambas as políticas parecem ser complementares, ou seja, estas tendem a mover-se na mesma direcção. Outra semelhança aparece quando é analisada a relação entre despesa pública e receita fiscal, onde existe evidência de políticas orçamentais restrictivas.The objective of this dissertation is to study the effects of fiscal and monetary policies, as well as their interactions (policy mix), and to provide a short analysis on the causality between public spending and taxation. We use a SVAR approach to analyze such interrelations between these variables for data collected from the US and the Euro Area (EMU). Overall, our results show that these two cases are different from each other. First, while in the case of the US there is evidence of Keynesian monetary policy, the same is not true in the case of the EMU. Second, considering the effects of the global economic and financial crisis, there is evidence of non-Keynesian fiscal policy in the case of the EMU (expansionary fiscal consolidation), while it does not hold in the case of the US. Third, there is evidence supporting the traditional inverse relationship between monetary policy interest rates and inflation in the case of the US, whereas in the case of the EMU there is a price puzzle (frequent in SVAR studies). Finally, in both cases the policies seem to act as complements, i.e., they tend to move in the same direction. Another similarity appears when analyzing the relationship between public spending and taxation, where there is evidence supporting a fiscal retrenchment.