A eficiência do uso de radiação não varia conforme a cultivar de palma forrageira.

Estudos mostram a existência de uma relação entre a biomassa e a radiação fotossinteticamente ativa absorvida pelas culturas, sendo determinante para a produtividade. O uso efetivo da radiação nas plantas depende da capacidade de interceptação do dossel, variando assim, de acordo com as características morfológicas. Neste estudo, objetivou-se determinar a eficiência do uso da radiação de três cultivares de palma forrageira. O experimento foi conduzido de fevereiro de 2016 a janeiro de 2017 no Centro de Referência Internacional de Estudos Agrometeorológicos de Palma e Outras Plantas Forrageiras, no município de Serra Talhada, PE, com as cultivares dispostas em delineamento em blocos ao acaso e quatro repetições. As cultivares estudadas foram a IPA Sertânia (Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck), Miúda (Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck) e Orelha de Elefante Mexicana (Opuntia stricta (Haw.) Haw.). Na ocasião da colheita, leituras da radiação fotossinteticamente ativa (RFA) incidente acima (I0) e abaixo do dossel (I) foram feitas por meio de um ceptômetro, entre 11 e 13 horas sob condição de céu claro. Os valores acumulados de RFA interceptada (RFAINTER) e absorvida (RFAABSOR) por cultivar foram estimados ao longo do ciclo. A partir do produto entre a massa fresca da planta, conteúdo de matéria seca e densidade final de plantas por parcela, obteve-se a biomassa seca em g m-2. Com a razão entre a biomassa seca (g m-2) e a RFAABSOR (MJ m-2), calculou-se a eficiência no uso da radiação, em g MJ-1. A RFAINTER e RFAABSOR apresentaram valores entre 1.009 a 1.242 MJ m-2 e 807 a 993 MJ m-2, respectivamente, sendo que a Orelha de Elefante Mexicana se destacou em relação às demais cultivares (p0,05) entre as cultivares