Manejo florestal comunitário e familiar: percepções de pequenos produtores rurais na BR-163 e BR-230, Pará.

O Manejo Florestal Comunitário e Familiar (MFCF) tomou-se promissora alternativa de renda para povos tradicionais e comunidades rurais. Dentre os beneficiários das políticas do MFCF (i.e. Decreto n° 6.874/09) estão colonos de assentamentos rurais. Estes, embora motivados pelo dinheiro e pela melhoria das infraestruturas locais, não recebem assistência técnica e outros tipos de apoio institucionais necessários que conduzem ao sucesso da atividade. Nesse contexto, este trabalho analisou as características de alguns contratos formais celebrados entre assentados e o setor madeireiro na BR-163 e BR-230, estado do Pará, dando enfoque nas percepções dos produtores rurais quanto às relações entre atores locais e regionais que atuam nos assentamentos e que estão envolvidos de alguma forma no manejo florestal madeireiro na região do estudo. Observou-se que as melhores relações são aquelas em que os atores mantém presença física nos assentamentos e que, órgãos importantes, como o SFB, não têm visibilidade de suas ações nessas localidades, mostrando gargalos na implementação de programas governamentais de apoio ao MFCF. Observou-se também que as lideranças possuem uma percepção mais complexa das relações entre os atores. Para melhorias, sugere-se maior abertura no diálogo entre governo e produtores rurais e apoio técnico através de assistência técnica e extensão florestal