Intensidade da Sigatoka negra e Sigatoka amarela em bananais afetados pela Fusariose no estado de São Paulo.

A sigatoka amarela (SA) e a sigatoka negra (SN) são doenças foliares que provocam grandes perdas na produção da banana. No estado de São Paulo, ambas as doenças coexistem, mas é a SN que provoca maiores danos. Já a fusariose da bananeira (FB), causada pelo fungo habitante do solo Fusarium oxysporum f. sp. cubense (Foc), provoca graves perdas nas variedades Prata e Maçã. No presente trabalho objetivou-se caracterizar o nível de dano provocado pela SA e SN em bananeiras Prata e Maçã, cultivadas em áreas afetadas (Foc+) e não afetadas (Foc-) pela FB em quatro regiões produtoras: Vale do Ribeira (VR), Penápolis (PN), Marinópolis (MN) e São Bento do Sapucaí (SBS). O nível de dano foi determinado pelo método de Stover (1972), modificado por Gauhl (1993). Foi avaliada a folha mais jovem afetada (FMJA), a percentagem de folhas afetadas (%FA), a média ponderada de infecção (MPI) e o numero total de folhas funcionais na floração (TF). A SA e SN foram constatadas nas regiões VR, MN e PN, exceto em SBS, onde se observou apenas a SA. A FMJA, %FA, MPI e a TF em SBS (5,0, 62,5, 1,92 e 11,9), MN (6,4, 46,8, 0,9 e 11,0), VR (8,9, 35,2, 0,82 e 14,6) e em PN (13,7, 13,3, 0,14 e 15,6) permitiram caracterizar o nível de dano em ordem decrescente entre regiões, respectivamente, variando de forte a muito forte em SBS, MN e VR e de leve a muito leve em PN. Embora a SN não tenha sido detectada em SBS, altos níveis de dano provocados pela SA foram registrados. Em nenhuma das áreas e regiões houve relação entre a ocorrência de FB e os níveis de dano provocados pela SA ou SN. Conclui-se que a SA e SN são fatores limitantes da produção em bananeiras cultivadas nestas regiões, sendo as condições climáticas e práticas de manejo da cultura determinantes para os diferentes níveis de danos observados