Educação ambiental como estratégia para conservação da vida silvestre na região de Botucatu-SP

Como conseqüência de uma expansão urbana e agrícola descontrolada no interior do estado de São Paulo, muitos ambientes naturais, refúgio da vida silvestre, vem sendo destruídos e muitos dos animais presentes nesta área estão perdendo o seu hábitat sendo que alguns se encontram em risco de extinção. Além disso, outros fatores têm agravado esta situação, como caça, poluição ambiental, introdução de doenças e espécies exóticas. Baseando-se no tripé básico de uma universidade pública Ensino, Pesquisa e Extensão , foi tomado como exemplo a Fazenda Experimental Edgardia situada no município de Botucatu em uma área pertencente à delimitação da APA, sendo uma unidade de ensino administrada pela UNESP. Esta área, de extremo interesse para o alcance de um efetivo projeto educativo, abriga uma vida silvestre considerável, segundo levantamentos feitos recentemente, assim como uma grande área de Floresta Estacional Semidecídua, áreas de transição Floresta-Cerrado, e vegetação natural de várzea. Sendo assim, é um alvo de ação importantíssimo para os objetivos que esse projeto de extensão pretende alcançar. Conscientizar os moradores e funcionários da Fazenda Edgardia, alunos do ensino médio e superior e trabalhadores rurais do entorno da Fazenda sobre a importância da Conservação da Vida Silvestre para a região. / Elaborar material de divulgação (CD-rom), promover palestras, reuniões e/ou distribuição de materiais impressos que enfoquem a importância da educação ambiental como agente de transformação, biodiversidade regional e suas implicações, estratégias de conservação, a criação da APA (área de proteção ambiental) Corumbataí-Botucatu-Tejupá, aspectos da temática caça de animais silvestres, e finalmente, características da Fazenda Experimental Edgárdia, uma unidade de ensino e pesquisa administrada pela UNESP. Será abordada também a relação entre sociedade e biotecnologia, relevando a importância da biodiversidade como fator determinante na produção de vacinas, medicamentos, indústria alimentícia, entre outros. Seguindo a intenção de contextualizar o projeto de educação ambiental na realidade sócio-cultural da região, foi dado ao tema caça uma grande importância, e principalmente à caça do tatu de nove bandas (ou tatu-galinha), salvo que é uma prática comum na região. Sobre esta prática, os principais pontos explorados foram a relação do tatu com zoonoses que acometem a população rural da região (principalmente a micose sistêmica, provocada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis), e o cunho ilícito da prática de perseguir animais silvestres protegidos por lei, com ressalva à importância de conservar a fauna