A diferenciação pedagógica e curricular na voz de docentes

Os alunos apresentam características cada vez mais distintas. Ainda assim, a escola tende a pautar-se pela uniformidade curricular, perspetivando a intervenção pedagógica em função do chamado “aluno médio”, abstrato, e por isso tende também a criar, à partida, desigualdades nas oportunidades de sucesso. A diferenciação pedagógica e a curricular continuam, assim, a apresentar-se como uma imprescindibilidade, mas simultaneamente como um desafio para os professores e para a forma como as escolas, as salas de aula, os tempos tendem a estar organizados. Por meio de um estudo exploratório, pretendeu-se conhecer as perspetivas de 34 docentes do ensino básico acerca da diferenciação e, essencialmente, conhecer as práticas pedagógicas que consideravam serem facilitadoras da resposta à diferença. Constatou- se um esforço por parte dos entrevistados para diversificar, contemplando diferentes dimensões nas suas práticas. Transpareceu, no entanto, a existência de diferentes constrangimentos que condicionam a implementação de práticas de diferenciação e a possibilidade de se proporcionarem experiências de aprendizagem efetivas a todos os alunos