Resumo: Analisamos neste artigo jurisprudências sobre a extensão do escopo da Lei Maria da Penha a homens heteroafetivos vítimas de violência doméstica e familiar. Para dar conta desse objetivo, aplicamos o aparato descritivo e explanatório da teoria de conciliação de metas e da teoria da relevância em cinco acórdãos sobre conflitos de competência selecionados dos tribunais de justiça da região sul do Brasil a partir de 2010. Os resultados sugerem haver uma interpretação categórica segundo a qual a Lei Maria da Penha deve ser aplicada somente em casos onde o sujeito passivo de violência doméstica e familiar é mulher (sexo), de modo que os respectivos processos não devem ser julgados por tribunais especiais. Palavras-chave: pragmática cogni...