Este artigo trata da tradição estética ocidental e da tradução intersemiótica sob a luz de novas teorizações sobre a tradução, como as de Benjamin, Valéry, Eliot e Campos. O ato tradutório é entendido como um processo mais amplo de relacionamento entre as obras, conferindo-lhe uma dimensão autônoma, crítica e criativa. A tradição estética ocidental não é entendida como uma via de mão única, onde as obras do passado são traduzidas pelas obras posteriores, mas que, na medida em que pressupõe intercruzamentos, promove um diálogo ativo, que torna possível as obras do passado influenciarem as obras do presente e vice-versa. Ela deve ser vista como um processo constante de traduções, onde a tradução não deve ser compreendida nos moldes das teoria...